(Esse
texto foi inspirado no suicídio de um jovem de 20 anos, aluno da escola em que
dou aula. O motivo da morte foi a separação de sua ex-companheira.)
Tem dias que a
saudade é de matar, e aí o que fazemos? Eu escrevo, e finjo acreditar que você
em algum lugar sabe disso.
Escrevo para
você, é você mesmo! E espero que as palavras toquem seu coração, ao menos um
pouco... Mais ou menos assim, como você entrou
no meu e lá fez morada.
Sinto falta daquelas
conversas desconectadas, sem pé nem cabeça, sem sentido e sem razão, mas que me
deixava feliz.
Sinto falta do
sorriso mais lindo que já vi, aquele que parecia sair direto da alma para teus
lábios. E como era bom saber que alguns daqueles sorrisos eram para mim...
Sinto falta de
ouvir aquele teu jeito de falar, que era tão seu, e que eu me pegava, às vezes, te imitando por achar sonoramente agradável.
Sinto falta do
teu olhar, me lançando raios de desejos, que sempre me faziam suspirar... E quando você soltava os teus cabelos, sabia
que era para me provocar.
E como eu te amava!!!
Assim em
segredo, nada te disse. Um dia você se foi e levou consigo todos os meus
sonhos impossíveis.