Fernanda França

Disritmia era como poderia ser intitulada a semana que se passou.
Ela para e pensa, tentando entender tudo o que acontecera.
Respira.
Tenta.
Não pira.
Se inspira.
 E volta a disritmia a prevalecer sobre ela.
Seus sonhos ela já desconfia que não lhes pertencem mais, apenas reza baixinho e em segredo para que ninguém os descubra. A cada noite eles se manifestam mais fortes e novamente ela acorda com aquela disritmia que lhe tira o fôlego, e a faz temer que alguém possa tê-los visto fugindo pela janela.
Pela manhã, ela, novamente, respira, e não pira. Sufoca em silêncio tudo o que parece explodir. Seu sangue jorra com velocidade, fruto de pequenos deslizes de uma ansiedade que não para.
O esforço continua...
Tenta se acalmar, afugentar os devaneios e se manter no caminho programado.